Do you know why almost all of our Portuguese sweets features egg yolks?
Many of the recipes for the nation’s favourite sweet treats originated in Portugal’s convents and monasteries.
Eggs, especially the yolks, are heavily featured in our Portuguese sweets.
Legend tells us that the nuns starched their laundry with egg whites and so, they had to come up with a use for all the excess yolks.
Egg yolks, along with plenty of sugar and, depending on the region, local produce will be incorporated into our sweets. Almonds, beans, cheese or chestnuts are just a few examples.
Don't get me wrong! I love our Portuguese sweets but... Lord!!!
Do they make you feel naughty after eating them? Trust me! They do but!!! nonetheless, they're absolutely delicious and amazing!!
The recipe I'm leaving you today is called "Patas de Veado" or Deer Hooves!
Its name has nothing to do with the deer itself but only because of it's shape and the way they are cut and decorated.
Although it might look intricate, it's not!
It's a simple "kind of" sponge roulade, filled and topped with a creamy egg yolk curd, rolled in shredded coconut and at the end, decorated with a fine line of ground cinnamon.
Though they're very simple to make, this was the first time I've ever made them, and! I had to make them twice! YES!! sometimes, the simplest things are the most challenging ones and this was the case...
I have very cherished childhood memories about these cakes so, they had to meet the standards of my memories.
Though I've never been a sweet tooth person, the only sweet treat I'd crave and eat with pleasure as a child, teenager or young adult, would be this one!
There's a tea room and Patisserie shop in the North of Portugal, Pastelaria Gomes in Vila Real, where they make "Patas de Veado" at such a high standard that, honestly! I've never liked any of the ones I've tried apart from the ones they make there!
If you ever visit Vila Real, in the North of Portugal, go to Pastelaria Gomes and try one of their Patas de Veado and also their "signature pies" which are called Covilhetes (a kind of a meat pie that is absolutely to die for).
The recipe I'm leaving you today is from Rita Nascimento book, "Uma Pastelaria em Casa".
ingredients (makes 6):
for the creamy egg curd:
300g caster sugar
150ml water
10 egg yolks
10g cornflour
20g butter, cold and cut into cubes
method:
Put the sugar and water in a saucepan and stir until the sugar has dissolved.
When all of the sugar is dissolved, bring it to a fast boil until it reaches 107ºC on a sugar thermometer.
Cool for 5 to 10 minutes.
Whisk the egg yolks and the cornflour in a large bowl, until you have a creamy smooth mixture.
Whisking all the time, pour the cooled sugar syrup over the egg yolk mixture.
Return the whole lot back to the saucepan using a rubber spatula.
Now back it goes on to a gentle heat as you continue whisking until the mixture is thick and smooth. Keep whisking for 1 to 2 minutes.
Remove from the heat and add the butter, whisk until combined and incorporated.
Pour the mixture into a jug or bowl, cover the surface with clingfilm, leave to cool and refrigerate for a few hours or overnight.
for the sponge:
3 large eggs
100gr caster sugar
75gr plain flour, sifted
method:
Preheat the oven to 180ºC.
Line the base and sides of a 20cm x 30cm swiss roll tin with a sheet of buttered baking paper.
Beat the eggs and sugar with electric beaters in a large mixing bowl until the mixture is pale, thick and trebled in volume. It should leave a ribbon trail when the beaters are lifted out.
Add the flour and fold in carefully using a large metal spoon.
Spoon into the prepared tin and spread level, being careful not to knock out any air. Bake for 7 to 10 minutes or until firm to the touch.
Lay a large sheet of baking paper on the work surface and scatter it with caster sugar.
Turn the sponge out onto the baking paper. Peel off the bottom baking paper and roll the roulade up with the other sheet of parchment inside the roll. Leave until cold.
to finish:
desiccated coconut
ground cinnamon
method:
Unroll the roulade and spread with half of the egg curd filling, leaving 1cm border all around the edges.
Using the baking parchment to help, roll the sponge back up and away from you as tightly as possible.
Cut the roulade in half and then cut each half in three slices on a diagonal.
Brush the sides of the slices with a little of the remaining creamy egg curd mixture and roll them in the desiccated coconut until completely coated.
Spread the remaining creamy egg curd on top of each slice and draw a ground cinnamon line over the middle top of each slice.
You now have your Deer Hooves!
Keep refrigerated until serving.
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As origens dos nossos doces conventuais são, ou deveriam ser, por todos nós mais que conhecidas certo?
Como escreveu a Susana, gemas de ovos, muito açúcar e pouco mais, são a base da nossa doçaria!
Não me levem a mal, pois eu AMO de paixão a doçaria portuguesa e poucas sobremesas "batem" uma boa Lampreia de Ovos ou um maravilhoso Pudim Abade de Priscos!
O certo é que a base da nossa doçaria é sempre a mesma, o que é um tanto reduntante. Delicioso mas redundante!
O tema desta edição do Sweet World é Patas de Veado!
Eu AMO Patas de Veado de paixão e coração!
Patas de Veado têm um grande destaque nas minhas memórias de infânica, juventude e vida adulta.
Não sendo eu uma pessoa que troque um salgado por um doce, o certo é que, cada visita a Vila Real de Trás-os-Montes e à Pastelaria Gomes, teria forçosamente de envolver o consumo de umas quantas Patas de Veado e uma boa dose de Covilhetes.
A minha mãe comprava ambos em quantidades e levava para Lisboa para congelar e para podermos degustar ambos quando nos apetecesse.
Isto tudo para dizer que, fiquei super entusiasmada com o tema desta edição e a receita a fazer, estava decidida desde o dia que o querido Célio me ofereceu o livro da Rita Nascimento, o "Uma Pastelaria em Casa". Assim que vi a receita das Patas de Veado no livro, fiquei em pulgas para a fazer e como tal, nem procurei outra.
Em toda a sua absoluta simplicidade, tive de repetir a receita duas vezes!
Sim, aparentemente, as receitas que eu acho que serão fáceis, são mesmo as que se mostram mais desafiantes e, no caso, difíceis...
A primeira vez que fiz a receita, segui a receita à risca, mas logo à partida, olhando para o tamanho do tabuleiro e para a quantidade de massa de pão de ló:
Achei que o tamanho do tabuleiro indicado era grande demais para a meia receita de pão de ló sugerida na receita. O resultado, como imaginava, foi um pão de ló seco e que não me agradou nada.
O segundo factor de decepção foi o facto de a meia receita de creme de ovos indicada na receita, não ser nem de perto nem de longe, suficiente para rechear a torta e cobrir e decorar as 6 patas de veado, depois de cortadas. Resultado: Tive de fazer mais meia dose do creme de ovos para poder finalizar as Patas de Veado.
Estando à partida desapontada com os resultados, resolvi fazer uma segunda tentativa, pois não me deixei vencer pelos detalhes negativos acima indicados.
Assim, sendo, da segunda vez, fiz a mesma meia receita de pão de ló, mas num tabuleiro de 20 x 30cm, em vez do tabuleiro de 30 x 40cm indicado na receita e os resultados foram um pão de ló fofo e muito mais ao meu gosto.
Acredito que o tabuleiro de 30 x 40cm funcione lindamente, mas para a receita completa do pão de ló e não para a meia receita.
Assim sendo e já satisfeita com a receita e com os resultados obtidos, aqui fica a receita como a fiz, ou seja, num tabuleiro de 20 x 30cm e fazendo também a receita completa do creme de ovos e não meia receita.
Aqui ficam as minhas Patas de Veado e a minha contribuição para esta 25ª edição do nosso Sweet World.
ingredientes (6 patas de veado):
para o creme de ovos:
300g de açúcar refinado branco
150ml de água
10 gemas de ovo
10g de Maizena
20g de manteiga fria e cortada em cubos
preparação:
Num tachinho, levar ao lume a água e o açúcar, mexendo até o açúcar estar completamente dissolvido.
Parar de mexer e deixar ferver até a mistura atingir os 107ºC num termómetro de açúcar.
Retirar do lume e deixar arrefecer por 5 a 10 minutos.
Lentamente, em fio e mexendo sempre, adicionar a calda arrefecida à mistura das gemas.
Colocar a mistura de volta no tacho e, sobre lume brando e mexendo sempre, aquecer até a mistura engrossar.
Deixar ferver 1 a 2 minutos, mexendo sempre e retirar do lume.
Juntar a manteiga cortada em cubos e mexer até que derreta e se ligue completamente ao creme.
Levar ao frigorífico, com película aderente colada à superfície e reservar até ser necessário.
para o pão de ló:
3 ovos
100gr de açúcar refinado branco
75gr farinha de trigo branca sem fermento, peneirada
preparação:
Aquecer o forno a 180ºC. Untar um tabuleiro de 20 x 30cm com manteiga e forrar com papel vegetal também untado. Reservar.
Na taça da batedeira eléctrica equipada com o balão, bater os ovos com o açúcar durante 5 minutos ou até estes terem triplicado de volume.
Adicionar a farinha peneirada, em 2 ou 3 adições, envolvendo delicadamente, para que a mistura dos ovos não perca volume.
Deitar a mistura no tabuleiro, alisando delicadamente a superfície e levar ao forno cerca de 7 a 10 minutos, ou até um palito inserido no meio da massa, sair completamente limpo (o meu estava no ponto ao fim dos 7 minutos de cozedura).
Retirar do forno e virar sobre um pano polvilhado com açúcar.
Remover o papel vegetal da cozedura e enrolar de imediato em forma de torta, com o pano por dentro como se fosse o recheio, e deixar arrefecer.
para terminar:
coco ralado, qb
canela em pó, qb
finalização:
Desenrolar a torta do pano e espalhar uma camada do creme de ovo sobre toda a superfície da mesma, deixando 1 a 2cm de margem para que o creme não transborde.
Voltar a enrolar, aconchegando bem.
Cortar a torta em 3 partes iguais e voltar a cortar cada parte ao meio, mas na diagonal.
Com cuidado, barrar as laterais e o topo com creme de ovo. Passar as laterais em coco ralado e no topo traçar um risco de canela.
Conservar no frigorífico.
Recipe / Receita:
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